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domingo, 5 de novembro de 2017

Carlos Manuel Mourato Nunes é o novo presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil

Em nota enviada às redacções o Ministério da Administração Interna dá nota de que Carlos Manuel Mourato Nunes, será o próximo responsável pela Protecção Civil.


Audição da Comissão Nacional de Protecção Civil está agendada para amanhã às 12h00.
Carlos Manuel Mourato Nunes é o novo presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, anunciou este domingo, em comunicado, o ministro da Administração Interna.
"O tenente-general Carlos Manuel Mourato Nunes ao longo da sua carreira, “prestou serviço em várias unidades do Exército e nas Forças de Segurança”, e também “desempenhou cargos de direcção de alto nível na Administração Pública”. Foi director do Instituto Geográfico do Exército, entre 1993 e 1999, e presidente do Instituto Geográfico Português, entre 2002 e 2003, altura em que foi promovido a tenente-general e assumiu as funções de Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana, até 2008, refere o comunicado.
No currículo do novo presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil está ainda uma licenciatura em Ciências Militares e Engenharia Geográfica e uma passagem pelo Instituto de Altos Estudos Militares, onde concluiu o Curso de Oficial General e o Curso Geral de Comando e Estado-Maior.
Recorde-se que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, determinou à Inspecção Geral da Administração Interna (IGAI) a realização de uma auditoria à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), na sequência dos incêndios de Outubro de 2017, para apuramento de eventuais responsabilidades.
Foi este militar, Carlos Manuel Mourato Nunes que em 2012, aquando do XIX Governo enviou à Ministra Assunção Cristas a sua carta de demissão em que colocava o "dedo na ferida" da descoordenação no seu ministério quando manifesta "estranheza" e "desencanto" com a ministra da Agricultura e alega nunca ter sido ouvido sobre a nova orgânica do ministério da Agricultura, que considera "redutora" e "minimalista".
Na carta dirigida a Assunção Cristas, Mourato Nunes considera mesmo que a nova orgânica do ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT) - onde o IGP é extinto e integrado na Direcção-Geral do Território - representa "uma oportunidade perdida" e "não serve os interesses do país".
Carlos Mourato Nunes afirma que "no que à Geodesia, Cartografia, Cadastro e Informação Geográfica respeita" no âmbito do PREMAC, nenhum dos membros do Governo ouviu "os dirigentes nem os especialistas" do IGP.
"Aliás, se o tivessem feito, para além da dimensão ética da atitude, a reforma seria diferente, para melhor, sem desrespeitar as linhas de orientação do Governo no que ao PREMAC refere", acrescenta.
Mourato Nunes defende ainda que Assunção Cristas tem "o direito de gerir o ministério como entende ser politicamente mais adequado" e "o direito e a prerrogativa de escolher dirigentes da sua confiança política e que considera melhor vocacionados para cumprir os objectivos do Governo", mas não o de "não receber em audiência os altos dirigentes em exercício de funções, de não os ouvir para os grandes estudos e análises que concorrem para a elaboração do processo de decisão, que deveria preceder as reformas em curso". (foto-D.R.)