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sexta-feira, 17 de abril de 2020

III Estado de Emergência. O que se retira do discurso do Presidente da República

O renovar do estado de emergência vai servir para: Ter tempo para preparar o regresso a alguma actividade económica e escolar; para não ‘morrer na praia’ depois do confinamento... e dar tempo a António Costa e ao seu governo, do regresso gradual à normalidade. 


Para Marcelo Rebelo de Sousa, sempre cauteloso e apaziguador de alguma euforia que possa porventura existir, recorda que “Estamos a ganhar esta segunda fase”, e não vamos deitar tudo a perder.
E inúmera as principais preocupações. Em primeiro “Maio tem que ser o mês da ponte entre o dever e a esperança”tem a ver com os lares de idosos; Em segundo, que o SNS tenha as condições necessárias para dar resposta na eventualidade de haver, com esta abertura, um aumento de infectados. Por fim, “É preciso ganhar tempo para o Governo preparar terreno, definir os critérios, e iniciar a terceira fase (a da retoma) nas melhores condições possíveis”.
O Presidente da República, também ele um idoso, garantiu que “não haverá guetos”, porque os grupos de risco, em particular os mais velhos, devem ser rigorosamente protegidos quando se começar a aliviar medidas. Pede Marcelo “o último esforço”, porque diz que “só falta um bocadinho”. De que tamanho será esse bocadinho, nem mesmo o Presidente da República, com toda a informação que lhe chega, não pode garantir a duração desse bocadinho.
Quanto ao ‘Milagre português” como já lhe chamou a imprensa internacional, o Presidente está consciente que não se trata de um milagre mas sim, da forma como os portugueses na sua grande maioria, acataram as decisões do estado de emergência. Alguns até se autoconfinaram mesmo antes de o Decreto-lei ser publicado.