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terça-feira, 21 de abril de 2020

E a imprensa regional. Quem é que pensa nela? Será que é para ‘morrer’ aos poucos como já acontece.

O presidente da Cofina, Paulo Fernandes, disse hoje que as receitas do grupo dono do Correio da Manhã registam uma quebra média de 50% devido à covid-19, considerando o pacote de ajuda do Governo à comunicação social insuficiente. 


A ajuda a que se refere o Presidente da Cofina, será certamente para a imprensa tida como nacional, já que a regional é o parente pobre. Para onde vão os anúncios institucionais, os milhões para spots publicitários para a rádio e TVs. Para os grupos que dominam a comunicação social no nosso país.
Quem pensa na imprensa regional, aquela que é de maior proximidade, que conhece os verdadeiros problemas das populações. Essa está em verdadeiro estado de agonia. Exemplo disso são os jornais e rádios locais e regionais que já fecharam portas.
Quando Paulo Fernandes afirma que as ajudas são insuficientes, que diremos nós, imprensa regional, que só contamos com os nossos anunciantes e assinantes que cada vez são menos, devido ao acesso às novas tecnologias.
Bastava uma repartição mais equitativa da publicidade institucional (15 milhões de euros) para que pudéssemos ter um ‘ventilador’ para respirarmos um pouco melhor.
A Cofina, que detém o Correio da Manhã e a CMTV, registou, em 2019, um resultado líquido de 7,2 milhões de euros, um valor 15,3% acima do obtido em 2018, numa base comparável, “excluindo operações descontinuadas”, segundo um comunicado divulgado em 13 de Março.(Foto-D.R.)