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segunda-feira, 11 de maio de 2020

Governo avalia antecipação de pagamentos aos agricultores mais afectados

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, durante a visita ao Agrupamento de Produtores de Carne Maronesa e Associação de Criadores do Maronês, em Vila Real.
A ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, durante a visita ao Agrupamento de Produtores de Carne Maronesa e Associação de Criadores do Maronês, em Vila Real.
Ministra da Agricultura sublinha que, apesar de o pacote de apoios da Comissão Europeia, ser “positivo”, é ainda insuficiente. 

O Governo está a avaliar a possibilidade de antecipar o pagamento de ajudas aos agricultores, nomeadamente, nos sectores mais afectados pela pandemia de covid-19, ressalvando que se depara com uma exigência orçamental elevada.
“Nós estamos expectantes daquilo que ainda é possível negociar com a Comissão Europeia, mas estamos também a fazer o nosso trabalho de casa para perceber, nomeadamente, nos sectores mais afectados, se conseguimos antecipar alguns destes pagamentos, por exemplo, para a pequena agricultura, pequenos ruminantes e para o sector das flores. Estamos a estudar essa possibilidade”, avançou a ministra da Agricultura numa entrevista conjunta à Antena 1 e ao Jornal de Negócios.
No entanto, Maria do Céu Albuquerque ressalvou que, neste momento, o Governo depara-se com uma exigência orçamental “brutal”, com alguns sectores, como a Cultura, “completamente parados”.
De acordo com a governante, até agora, Bruxelas disse que os pagamentos poderiam ocorrer em 16 de Outubro, tendo aumentado a percentagem de adiantamento no primeiro pilar da Política Agrícola Comum (PAC), referente aos pagamentos directos aos agricultores, para 70%, e no segundo pilar (desenvolvimento rural) para 85%.
Estas alterações ficaram abaixo do que tinha sido solicitado pelo Governo português, ou seja, adiantamentos de 85% nos dois pilares.
A líder do Ministério da Agricultura voltou ainda a sublinhar que, apesar de o pacote de medidas avançado pela Comissão Europeia para travar o impacto da pandemia no sector ser “positivo”, não é suficiente. (Fonte - Dinheiro Vivo/Lusa-foto Canal Alentejo)