Click na Imagem

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

O Centro de Artes e Espectáculos de Portalegre-CAEP, recebeu ontem o XXV Encontro Fora da Caixa.

Este encontro insere-se na iniciativa que a Caixa está a levar a cabo com o objectivo de estar mais próxima das populações, nos quais também através da presença das suas agências móveis em localizações sem balcões da CGD, sendo que, este encontro, estava direccionado para o ‘Negócio Transfronteiriço a Economia da Região, os Desafios e as Oportunidade do Interior'. 







O auditório do CAEP estava repleto e contou com a presença da Presidente da Câmara M. de Arronches, dos três Presidentes das Juntas de Freguesia, do Presidente da IPSS Bom Jesus de Esperança e alguns empresários do Concelho de Arronches.
O encontro foi composto por vários painéis com a moderação da jornalista Maria Flor Pedroso. Depois da intervenção de Rui Vilar, Presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, teve lugar uma entrevista ao Comendador Rui Nabeiro, como expoente máximo do empresariado do Distrito de Portalegre. O Comendador respondeu com assertividade às questões colocadas pela jornalista, dando exemplos da sua vida desde o inicio, e que continua para ele a ter a mesma filosofia: repartir, porque só semeando se pode colher. 
O tema deste encontro foi objecto da análise dos economistas António Nogueira Pinto, Daniel Bessa e José Félix Ribeiro. Pontos de vista diferentes quando às oportunidades de negócio no interior e, em especial no distrito. Nogueira Leite mais moderada, Daniel Bessa mais pessimista e José Félix Ribeiro mais optimista. Todos comungaram da mesma necessidade de uma maior aproximação desta região a Espanha que só será possível através do conhecimento e da inovação. 
Das intervenções dos economistas, destaque para a intervenção de Daniel Bessa que deu como exemplo o IRC que, embora dividido em três escalões, o Governo não favorece os mais pequenos. Isto porque no final a tributação sobre o volume de negócios a percentagem em termos de IRC é muito próxima. Para Nogueira Leite a aposta passa pela inovação e competição em outros mercados dos quais nos temos que aproximar e, ao mesmo tempo, cativar investimento estrangeiro. Já para José Félix Ribeiro que considera que o Estado onde se mete as coisas nunca acabam bem, referiu e sintetizando que, o que é necessário é colocar Portugal no Mundo e trazer o mundo para Portugal.
O painel sobre as empresas da região contou com as presenças de Carpinteiro Albino (Carnalentejana), João Paulo Crespo (Fertiprado), José Maria Falcão (Cersul), Tiago Cabaço (Cabaço Wines) e Francisco Cary Administrador executivo da CGD.
Deste painel saiu a premissa que o saber trabalhar em equipa, o conhecimento e a aposta na investigação de novos produtos, o fazer algo que seja diferenciado, são os caminhos a seguir para poder almejar ao êxito. Tudo isto claro, com a participação do crédito bancário do qual alguns disseram ter dificuldades no início (Cabaço Wines) e também, poder melhorar em alguns aspectos. A estas questões Francisco Cary sobrepôs que cabe à CGD analisar o risco desses financiamentos mas, que todos merecem a atenção da Caixa.
Encerrou o encontro Paulo Macedo, Presidente da Comissão Executiva da CGD, que começou por recordar (para ouvir click aqui) a capitalização da CGD, que só tem “possibilidade de gerar capitais de forma orgânica, enquanto os outros bancos podem ir aos mercados; que os rácios têm vindo a aumentar e estão hoje ao nível dos principais bancos”. O processo “primeiro capitalizar, depois de atingir a rentabilidade”, o que sabem na Caixa é que têm que ser “sólidos, estar capitalizados, gerar rentabilidade que é necessária para dar solidez e confiança aos depositantes, aos clientes para assegurar o futuro da Caixa”, afirmou.
As bases para tudo isto assentam na evolução positiva do resultado de exploração; redução estrutural do custo serviço; qualidade, cumprimento do Plano Estratégico e, sobretudo, apostar na competitividade através da digitalização. 
De destacar no respeitante ao Distrito de Portalegre que há um crédito concedido a empresas e particulares de 440 milhões de euros (mais de 3.200 empresas e clientes) e 100 mil clientes particulares activos, totalizam 680 milhões de euros em depósitos.
Não esquecer que a CGD está ‘debaixo de fogo’ com as imparidades. Recentemente jornalistas do jornal digital o ‘Observador’ descodificaram os códigos com que estavam referenciados na lista do relatório da auditoria final e hoje sabe-se que a CGD “tinha registado empréstimos ruinosos a 46 clientes”, segundo o ‘Observador’.
As perdas potenciais com 11 desses clientes revelam nomes como Artlant, InvestiFino, Joe Berardo, Vale de Lobo, Metalgest entre outros e que totalizam 1.760 milhões de euros. Entre estes há os que recorreram ao crédito da CGD para comprar acções de outros bancos (BCP) como o caso de Joe Berardo ou InvestFino. Na lista apresentada e descodificada pelo o ‘Observador’ casos há, em que o parecer do Conselho Administrativo estava condicionado mas, mesmo assim, o Conselho Executivo concedeu os empréstimos, segundo esta mesma fonte.(Podcast e Fotos-N.A.)