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domingo, 12 de janeiro de 2020

‘Matança do Porco’ em La Codosera

Uma linha hoje ténue separa as regiões raianas como Arronches e La Codosera. Países Ibéricos com tradições distintas, mas também, por vezes semelhantes. 




A matança do porco foi sempre uma forma de nesta, como noutras regiões, de subsistência para as famílias. O porco crido na pocilga assegurava com a sua matança nos meses frios do início do ano, a abastança das carnes quer na salgadeira como no fumeiro. O toucinho, chouriços, morcelas ou mesmo presuntos, garantiam às famílias algo mais que as sopas, ou o frango ou a galinha. 
Com a entrada no espaço comunitário muita coisa mudou. Embora ambos os países membros da U.E., parece-nos que os ‘nuestros hermanos’ abrem menos a mão daquilo que são as suas tradições, embora cumprindo no essencial, mas não caindo no exagero, em que nós portugueses somos férteis.
O dia de hoje foi em La Codosera o dia da ‘Matança do Porco’. Na praça em frente ao Ayuntamiento (Câmara), a população concentrou-se para celebrar esta tradição proporcionada pelo próprio Ayuntamiento.
Tivemos a oportunidade de falar com o Alcalde de la Codosera, Joaquin Tejero Barroso que nos dizia ser “necessário manter estas tradições no caso as raianas, onde sempre se fez a matança. Hoje o porco veio de uma exploração, foi analisado pelo veterinário e estando tudo conforme, proporcionamos aos codoseranos comer do porco as migas extremeñas, no espeto ou as suas carnes devidamente cortadas e feitas na ‘parrilla’ (brasas), com se fez toda a vida”. 
Para o alcalde de la Codosera conta ainda outro aspecto muito importante, quando afirma que “com isto também queremos transmitir à nova geração, que o porco ou os enchidos, não nascem no supermercado. Há todo um processo que atravessa a nossa história da criação do porco, da sua matança e como se preparam as carnes para os ‘embutidos’ (enchidos). Para isso o Ayuntamiento de La Codosera está empenhado em que estas, como outras tradições, não se percam”, concluiu.