Actualmente, já são cerca de 300 os residentes no Concelho de Monforte portadores do “Cartão abem” que, ao abrigo de um protocolo estabelecido, em Setembro do ano transacto, entre a respectiva Câmara Municipal e a Associação Dignitude, podem, agora, adquirir gratuitamente todos os medicamentos comparticipados que lhes sejam prescritos por receita médica.
Recorde-se que o Município de Monforte foi um dos seis escolhidos para integrar um projecto-piloto lançado por essa instituição particular de solidariedade social, que nasceu da parceria entre o sector social (Cáritas Portuguesa e Plataforma Saúde em Diálogo) e o sector da saúde (Associação Nacional das Farmácias e Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica) e que é responsável pelo desenvolvimento, operacionalização e gestão do “Programa abem - Rede Solidária do Medicamento”, o primeiro programa solidário dinamizado por essa instituição, através do qual foi criado e está a ser dinamizado o “Cartão abem”.
Os beneficiários monfortenses são cidadãos referenciados no âmbito da aplicação das medidas abrangidas pela iniciativa «Cartão Municipal do Idoso», que a autarquia tem vindo a implementar de modo a materializar diferentes formas de apoio a idosos mais carenciados economicamente e que, assim, cumprem também os requisitos para usufruir das condições muito mais vantajosas que lhes são oferecidas através da referida Rede.
Recentemente, o Vice-Presidente e a Vereadora do executivo monfortense, Fernando Saião e Mariana Mota, acompanhados pela responsável pelo Serviço Municipal de Acção Social, Ana Paula Maçôas, procederam à entrega dos Cartões a alguns dos últimos beneficiários abrangidos.
Em declarações, Gonçalo Lagem, o Presidente do executivo, afirmou que “se, por um lado, devo sentir-me bastante satisfeito pelos efeitos extremamente proveitosos que esta parceria já produziu, por outro, tenho que lastimar que, num Concelho como o nosso, com uma população de 3.300 habitantes, o número de idosos que se encontram nessa situação de insuficiência económica seja proporcionalmente tão elevado. Lamentavelmente, esta é uma realidade que se verifica por todo o país, ocorrendo com maior incidência nos centros urbanos, onde muitos cidadãos integrados em grupos sociais mais vulneráveis estão mais desprotegidos.