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domingo, 3 de maio de 2015

Mosteirense perde a Final da Taça da Associação mas vendeu cara a derrota

Poucos espectadores preencheram hoje as bancadas do Estádio Municipal de Portalegre para assistirem à final da Taça da Associação de Futebol de Portalegre, com uma tarde cinzenta e sempre a ameaçar chuva. Aliás a claque do Mosteirense foi a mais numerosa e que apoiou incansavelmente a sua equipa ao longo da partida.
O Crato foi o vencedor desta final que começou a construir logo no primeiro tempo com um golo madrugador aos 7’ através de João Farto. O Mosteirense teve muitas dificuldades nas marcações e o Crato avolumou o resultado aos 35’ através de Cristiano, um dos homens mais influentes tecnicamente na equipa do Crato. Uma equipa mais adaptada às medidas do campo e ao relvado que deixava muito a desejar.
Depois do intervalo Jorge Moura colocou a equipa a render aquilo que é o seu real valor. Uma equipa mais dominadora, a trocar melhor a bola e a remeter o Crato em grande parte do segundo tempo para o seu meio campo. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura e aos 66’, André Camilo converte a grande penalidade a castigar falta na área do Crato. Estava relançada a partida com o resultado em 1-2.
O Mosteirense acreditou que era possível reverter o resultado, pelo menos levá-lo para o empate e foi pressionando deixando espaços nas costas da sua linha defensiva. O Crato aproveito aos 80’ em jogada rápida com Castelinho a rematar ao poste de Camané e Rixa na recarga “matava” o jogo ao fazer o terceiro golo da sua equipa.
A arbitragem de Carlos Espadinha pautou-se por estar bem tecnicamente mas, disciplinarmente, como disse e citando Manuel Carvalho da Rádio Elvas, “foi forte com os fracos e fraco com os fortes”. Nesta análise o que estava implícito é que mesmo nos distritais há jogadores que pelo seu nome, equipa ou veterania, tem junto dos árbitros um estatuto que às vezes, actuando à margem das leis, os árbitros são mais condescendentes.


Fernando Marques - Fotos -Gonçalo Semedo