Ciclo de Concertos de Órgão da Igreja de S. Francisco
Na tarde de sábado (dia 26 de Outubro), a Igreja Matriz de Arronches acolheu os músicos Rafael Reis (Órgão) e David Brutti (Corneta), que se exibiram num jogo harmónico gracioso e, no caso de Arronches, inédito. Uma nota primeira segue para o som forte, virtuosamente obtido pelo músico italiano, que a Corneta alcança, não cedendo absolutamente em nada aos registos mais fortes do órgão positivo da Matriz, intercalando subtiliza e vigor.
Do reportório, alguns nomes sonantes se destacaram, entre os quais o organista e compositor português Manuel Rodrigues Coelho, o mestre do Barroco Carlos Seixas, Frei Manuel Cardoso, mas ainda Palestrina, Orlando di Lasso ou Giovanni Gabrieli.
O concerto iniciou-se de forma solene, com uma peça de Rodrigues Coelho, seguida do estilo majestático e simultaneamente dançante de Gioseffo Guami, tendo alternado entre peças de uma suavidade quase hipnótica, como com os Quatro Versos do Segundo Tom de Rodrigues Coelho ou Non Mortui (absolutamente genial) de Frei Manuel Cardoso, sempre com uma Corneta sobreposta delicadamente ao baixo contínuo do órgão, e peças de maior contraste, como em Palestrina e Battista Fontana. No final, as duas dezenas de pessoas presentes presenciaram o regresso ao tom majestático inicial, com uma peça de Giovanni Gabrieli, momento, entre vários, em que foi possível percepcionar o virtuosismo de Rafael Reis e de David Brutti. Ao concerto, de inegável qualidade, faltou apenas um público em maior número e um pouco mais caloroso. (Texto e fotos - António Pascoal)
O concerto iniciou-se de forma solene, com uma peça de Rodrigues Coelho, seguida do estilo majestático e simultaneamente dançante de Gioseffo Guami, tendo alternado entre peças de uma suavidade quase hipnótica, como com os Quatro Versos do Segundo Tom de Rodrigues Coelho ou Non Mortui (absolutamente genial) de Frei Manuel Cardoso, sempre com uma Corneta sobreposta delicadamente ao baixo contínuo do órgão, e peças de maior contraste, como em Palestrina e Battista Fontana. No final, as duas dezenas de pessoas presentes presenciaram o regresso ao tom majestático inicial, com uma peça de Giovanni Gabrieli, momento, entre vários, em que foi possível percepcionar o virtuosismo de Rafael Reis e de David Brutti. Ao concerto, de inegável qualidade, faltou apenas um público em maior número e um pouco mais caloroso. (Texto e fotos - António Pascoal)
