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terça-feira, 18 de outubro de 2016

Palestra no Centro Cultural de Arronches sobre a fortaleza de Elvas e a participação das tropas portuguesas na 1ª Guerra Mundial

Integrada nas Comemorações do Dia do Exército que se comemora a 24 de Outubro, foi proporcionado hoje aos alunos do 8º e 9º ano do Agrupamento de Escolas de Arronches, uma verdadeira lição da nossa história coma a participação no primeiro grande conflito mundial que foi a 1ª Guerra Mundial, a cargo do Sargento-ajudante Galego.

A palestra contou com as presenças do Vice-presidente da Câmara Municipal de Arronches, João Crespo e do Sub-director do Agrupamento de Escolas de Arronches, Professor João Garrinhas.
“O Dia do Exército Português celebra-se nesta data pois é neste dia que se comemora a tomada de Lisboa, no ano de 1147, pelas tropas de D. Afonso Henriques, o Patrono do Exército Português.
O Exército Português é a vertente terrestre das Forças Armadas Portuguesas, responsável pela defesa militar de Portugal. Estas forças terrestres fizeram parte da luta pela independência de Portugal desde o seu início, estando intimamente ligadas à História de Portugal”.
E foi pelos primórdios da construção das fortalezas que hoje em Elvas são património de grande interesse, que o Sargento-Ajudante Galego começou. Depois da explanação da construção da fortaleza elvense, o seu formato estratégico e finalidades, deu a conhecer aos alunos do A.E.A. o valioso espólio que hoje encerra o Museu Militar de Elvas. Este museu é composto por 27 salas de exposição, com colecções militares e temáticas. Nestas salas podem ser apreciadas a Sala dos Arreios, do Cavalo, Intendência e cronologia dos séculos XVIII, XIX e XX. Existem ainda sete salas dedicadas a temáticas tais como desde o início do reino, passando pela Guerra Peninsular, da Regeneração, 1ª e 2ª Guerras Mundiais., Guerra Colonial, Revolução de Abril, bem como da transição da tecnologia analógica à digital. Isto para além de um vasto espólio de viaturas e armas militares.
Já para situar os alunos na 1ª Guerra Mundial, explica como se deu a Declaração de Guerra que começa com o ultimato do Império Austro-húngaro ao Reino da Sérvia em Junho de 1914. Sucede-se a invasão da Sérvia pelas tropas austro-húngaras. É o inicio da guerra com a Rússia a aliar-se à Sérvia.
Em Agosto desse mesmo ano a Alemanha declara guerra à Rússia, a Inglaterra à Alemanha e a guerra estende-se e formam-se alianças.
Portugal entra nesta guerra iniciando-se os preparativos de 30.000 militares que vão integrar p Corpo Expedicionário Português-CEP. No total para França foram deslocados 58.000 militares, mais de 7.000 animais, 1.500 viaturas e mais de 300 camiões.
Numa palestra de 60 minutos, o Sargento-ajudante Galego, fez os alunos viajarem por todo este conflito, em que as tropas portuguesas foram confrontadas com grandes carências, como as temperaturas negativas, ao mesmo tempo que foi situando a plateia, pese o conflito, todo o desenvolvimento que, por causa da guerra foram desenvolvidos. Desde a introdução de químicos nesta guerra (a cujos portugueses que voltaram a muitos se denominavam por “gaseados”), avanços na aeronáutica e equipamento bélico.
Terminada a guerra em 1918 (com a entrada dos Estados Unidos no conflito bélico) que fez 10 milhões de mortos, o regresso das tropas portuguesas é feito de forma faseada, ficando o registo dos que passaram pelos campos de prisioneiros, tratados de forma desumana e a sua ostracização por parte da diplomacia, pondo em causa as convenções de Genebra e Haia.
No final o palestrante, apresentou uma lista de alguns dos militares de Elvas que faleceram ao serviço do CEP na 1ª Guerra Mundial (há registo de arronchenses que participaram no conflito), bem como o livro “Memórias Esquecidas” de Isabel Bráz, familiar de uma dessas vítimas do conflito em que Portugal esteve envolvido, dado a sua aliança com Inglaterra.
(F.N.Marques|fotos-N.A. e D.R.)